O gerente do seu banco trabalha para proteger o seu dinheiro. Em Brasília, o Banco Central (BC) é um banco um pouco diferente porque não lida necessariamente com depósitos e saques.
A principal função é proteger o valor da moeda, o real. Para isso, é preciso combater o grande inimigo do dinheiro: a inflação.
Como o BC pode agir contra o aumento dos preços se eles são decididos na própria economia? Já que quem decide aumentar os valores muitas vezes são pessoas físicas ou jurídicas, como um agricultor, uma indústria ou até mesmo o dono do supermercado do bairro.
Para isso, entra em ação o principal instrumento da política monetária: a taxa básica de juros da economia, que no Brasil é a taxa Selic.
Ao decidir esse número, o BC influencia grande parte de todas as transações monetárias da economia, especialmente — mas não só — aquelas que rendem juros, como empréstimos e investimentos.
A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o novo patamar da Selic. E o processo é semelhante ao de um maestro regendo uma orquestra.
A pontuação deste maestro econômico é a meta de inflação. Este é o grande norte da autoridade monetária.
A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e atualmente está fixada em 3% para um período de 12 meses, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A meta determina o ritmo que a música chamada inflação pode tocar.
Antes de definir a Selic, o BC faz um exame minucioso da sinfonia econômica. São coletados dados de diversos setores da economia, como indústria, serviços, mercado de trabalho e principalmente comportamento de preços, além do cenário externo.
Dessa forma, os diretores do BC conseguem criar um panorama abrangente do ritmo da economia do país.
Taxas de juros altas, como um tom mais baixo, desaceleram a atividade econômica, enquanto taxas baixas a impulsionam. Esta modulação visa influenciar o ritmo da actividade económica e dos preços.
A ligação é simples: se a economia acelera e cresce, há mais espaço para aumentos de preços. Se a economia desacelera e contrai, os preços tendem a aumentar menos.
As reuniões do Copom são cercadas de sigilo. Os bloqueadores de telefones celulares e a comunicação restrita a mensagens escritas garantem que os membros do Comitê baseiem suas decisões apenas nas informações disponíveis e no debate técnico aprofundado. E, o mais importante, não vaze nada daquela sala do 20º andar do prédio-sede em Brasília.
Apesar do sigilo durante as reuniões, as decisões do Copom são amplamente divulgadas. A cada atualização da Selic, o BC emite um comunicado detalhando os fatores considerados e as perspectivas para a economia, buscando esclarecer os rumos da política monetária.
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