O técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, se abriu sobre a cena que viralizou antes das cobranças de pênaltis contra o Uruguai, pelas quartas de final da Copa América dos Estados Unidos, no sábado (6). Depois do 0 a 0 no tempo normal, em Las Vegas, o Brasil perdeu por 4 a 2 nos pênaltis e foi eliminado.
Dorival aparece fora do círculo de jogadores que conversavam antes do pontapé inicial. Na imagem da transmissão oficial, ele está com o dedo levantado, como se pedisse para falar e não fosse atendido. Então ele coça a cabeça. A imagem correu o mundo e, nas redes sociais, surgiram muitas críticas sobre o que poderia ser uma falta de confiança no treinador por parte do grupo.
“Primeiro, lamento que as pessoas avaliem uma foto, um posicionamento, um gesto, uma atitude. Fui completamente pego de surpresa, porque nem sabia”, disse Dorival em entrevista à ESPN ainda nos Estados Unidos, onde permaneceu após a desclassificação da Seleção.
“Nunca participei de rodízios porque não quero incomodar os jogadores em momentos como este. Se sinto que o grupo está muito nervoso ou muito calmo, é natural que tenha que interferir, não foi o caso. Procurei o próprio Alisson para ter uma conversa mais detalhada com ele, o quarto árbitro havia me chamado um pouco longe da roda, pedindo para eu cortar um atleta, já que o Uruguai havia perdido um jogador por expulsão, o que ele não fez deveria fazer parte disso. Eu não sabia o número do Arana, para cortar ele, então procurei ele só para ver o número dele”, explicou Dorival.
A imagem da transmissão oficial não mostra, mas no círculo estava Lucas Silvestre, filho de Dorival e seu auxiliar, responsável pelos treinos de pênaltis desde 30 de maio, quando os jogadores começaram a aparecer em Orlando para preparação. da Copa América. Lucas foi quem debateu com os jogadores quem deveria bater e a ordem dessas cobranças.
Dorival criticou diretamente os jornalistas que, segundo ele, eram frívolos. Ele não citou nomes.
“Infelizmente, as posições tomadas, todos os comentários que foram feitos, foram maliciosos, levianos, sem qualquer ligação e, o mais importante, sem conhecer o outro lado da moeda. Sinto muito por tudo isso, não são dignos de profissionais à altura do que temos. Respeitem-nos aqui deste lado, porque em todos os momentos, de todos vocês, eu nunca fui a público. Nesse caso, eles foram frívolos ao extremo e até usaram uma certa dose de covardia. Sinto muito, mas vou repassar e olhar em frente para melhorar para as Eliminatórias”, disse o treinador.
Ainda na entrevista à ESPN, ele disse que repetiria toda a preparação e execução do trabalho feito durante a Copa América. O Brasil ficou apenas em segundo lugar no Grupo D, com dois empates e uma vitória, atrás da Colômbia, e caiu para o Uruguai nas quartas de final.
“Eu não faria diferente, tenho muita confiança nesse grupo, na minha equipe técnica, em toda a diretoria comprometida em dar o nosso melhor. Tivemos uma organização quase perfeita em tudo desde a nossa chegada aos Estados Unidos. Eu não faria diferente, confio muito nesse grupo, na minha equipe técnica, em toda a diretoria comprometida em dar o nosso melhor. Tivemos uma organização quase perfeita em tudo, desde a nossa chegada aos Estados Unidos”, disse Dorival
Ao final, Dorival também evocou Zagallo, que após título da Copa América em 1997, disse o famoso “eles vão ter que me engolir”, também em resposta às críticas que recebeu na época.
“Quem fala demais vai ter que engolir um título de novo”, disse Dorival. O técnico está invicto no comando da Seleção Brasileira: são oito jogos, com cinco empates e três vitórias.
Ele convocará novamente a seleção em meados de agosto, para os jogos de setembro, entre os dias 2 e 10, contra o Equador, em casa, e o Paraguai, fora, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
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