A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou acesso ao inquérito da Polícia Federal (PF) que pede o indiciamento dele e de outras 11 pessoas no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas apresentadas ao governo brasileiro e posteriormente negociado nos Estados Unidos.
O pedido foi protocolado nesta sexta-feira (5) no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo advogados do ex-presidente.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem decide sobre o acesso ao documento.
Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Outras 11 pessoas também foram indiciadas, todas por associação criminosa, 7 por peculato, 9 por lavagem de dinheiro e 1 por advocacia administrativa.
Veja a lista de indiciados:
- JairBolsonaro
- Bento Albuquerque;
- José Roberto Bueno Júnior;
- Júlio César Vieira Gomes;
- Marcelo da Silva Vieira;
- Marcos André dos Santos Soeiro;
- Mauro César Barbosa Cid;
- Fábio Wajngarten;
- Frederico Wassef;
- Marcelo Costa Câmara;
- Mauro César Lourena Cid;
- Osmar Crivelatti
Todos os envolvidos negam as acusações da Polícia Federal.
Conclusão
A investigação, aberta no ano passado, foi concluída na tarde da última quinta-feira (4).
Agora, a PF deve entregar a investigação ao ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira. O juiz, por sua vez, precisa solicitar à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se pronuncie sobre o caso.
No final de maio, CNN revelou que a investigação das joias era prioritária para a PF entre outras investigações envolvendo Bolsonaro e a previsão, na verdade, era concluir a investigação em julho.
Cooperação com o FBI
Uma equipe da PF viajou por duas semanas aos Estados Unidos e voltou com os elementos que faltavam para concluir a investigação da joalheria. A força policial contou com cooperação internacional do FBI.
Depois de visitar quatro cidades norte-americanas, os agentes recolheram, entre outras provas, imagens de câmaras de segurança de lojas onde, por exemplo, eram comercializados relógios.
A PF também buscou elementos da “operação de resgate”, como foi chamada a organização montada para recomprar um relógio que havia sido vendido por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos — como notas, faturas e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.
As defesas de alguns dos indiciados já se manifestaram; confira o que eles disseram.
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