O relatório sobre a regulamentação da reforma tributária incluiu os carros elétricos no Imposto Seletivo (IS) e deixou de fora os caminhões. O texto foi apresentado nesta quinta-feira (4) pelos deputados do grupo de trabalho que analisou a proposta.
O chamado “imposto sobre o pecado” será aplicado a produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, e a alíquota ainda não foi definida.
Segundo os parlamentares, a retirada dos caminhões do imposto é justificada pela “atividade produtiva” e pelo impacto nos custos de frete.
“Taxar caminhões é dar com uma mão e tirar com outra porque isso vai repercutir no frete”, disse o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
A tributação dos veículos elétricos, segundo os deputados, é justificada pelo impacto da poluição proveniente do descarte de baterias, por exemplo.
“O carro elétrico tem pneus, tem bateria, tem muita coisa. O camião [fora do imposto] É por causa da atividade econômica. O Brasil, felizmente ou infelizmente, é 85% rodoviário. Não quero e não posso aumentar os custos de envio. Se eu aumentar o custo do frete, ele vai chegar na mesa do povo brasileiro e dos mais pobres, vai chegar no arroz e no feijão”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
Como CNN mostrou, a tributação dos veículos elétricos foi criticada por representantes do setor. Para o presidente da Volkswagen, Ciro Possobom, a tributação dificultaria o acesso da classe média a veículos novos, com aumento de preços – o que atrasaria a renovação da frota do país.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a incidência do Imposto Seletivo sobre os carros eléctricos não aumentará os níveis de tributação destes automóveis.
Isso porque, segundo o secretário de desenvolvimento industrial, Uallace Moreira, à medida que o imposto começar a valer, as alíquotas do IPI Verde serão transferidas para o novo imposto.
Dessa forma, não haveria elevação de carga nos carros. O IPI Verde foi instituído pelo Programa Mover, que é um novo regime automotivo para incentivar o uso de veículos menos poluentes no país.
Novos itens
Embora discutida, a inclusão de armas de fogo no “imposto sobre o pecado” foi descartada. Essa tributação foi aprovada no Senado quando a reforma tributária foi analisada no ano passado, mas foi retirada do texto quando voltou para análise da Câmara dos Deputados.
No texto apresentado nesta quinta, os parlamentares também incluíram as apostas e jogos de azar físicos e online na lista de arrecadação do imposto sobre o pecado – esta última ainda em tramitação no Congresso.
Outros itens como cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas, embarcações e aeronaves, extração de minério de ferro, petróleo e gás natural foram mantidos no projeto original.
Votação
O grupo de trabalho espera votar o regulamento até 15 de julho, antes do recesso parlamentar. A ideia dos parlamentares é avançar na análise do texto na próxima semana com a aprovação do regime emergencial. Segundo os deputados, novas mudanças ainda deverão ser negociadas durante a análise no plenário.
A proposta é tratada com “total prioridade” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Após décadas de análise no Legislativo, a reforma foi aprovada e promulgada pelo Congresso no ano passado, mas ainda precisa ser regulamentada.
Desde maio, dois grupos de trabalho analisam o projeto que trata dos impostos substitutos criados pela reforma e a proposta sobre o papel do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Os dois textos foram enviados pelo governo ao Congresso.
Compartilhar:
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado