O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que discute a regulamentação da reforma tributária apresentou, nesta quinta-feira (4), o relatório do projeto, que incluía a cobrança de um Imposto Seletivo sobre jogos de azar e carros elétricos, isentando os caminhões dessas cobranças, informaram os parlamentares que fazem até o colegiado.
O texto também traz inovações como maior desconto na tributação para o setor de construção, benefícios para “nanoempreendedores” e reajustes nos encargos sobre minério e petróleo.
Baixe uma lista de 11 ações Small Caps que, na opinião de especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos
Continua após a publicidade
“O que houver de demanda extra, sugestões, críticas construtivas e opiniões, é o plenário da Câmara que decidirá”, disse o deputado Claudio Cajado (PP-BA), integrante do grupo de trabalho, em entrevista à imprensa.
Promulgada em dezembro de 2023, a emenda constitucional cria a Contribuição sobre Mercadorias e Serviços (CBS), que substituirá os tributos federais Pis e Cofins, e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS), que combinará ICMS (estadual) e ISS ( municipal). Também foi criado o Imposto Seletivo, que visa desestimular o consumo de produtos e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Embora as linhas gerais da reforma estejam na Constituição, é necessária a aprovação de projetos de lei regulamentadores. A primeira delas, com os principais pontos do novo sistema, foi enviada pelo governo em abril, prevendo que o formato proposto deixaria a alíquota geral do novo imposto em 26,5%, patamar que os deputados do grupo afirmaram que poderia ser reduzido ao longo do tempo. .
Continua após a publicidade
Segundo os parlamentares, as premissas do Imposto Seletivo cabem no caso dos jogos – incluindo apostas online e loterias – e também dos carros elétricos, que seriam poluentes ao descartar e substituir componentes.
Em relação aos caminhões, os deputados afirmaram que a cobrança pode prejudicar a atividade econômica do país.
“O Brasil, na hora de produzir e distribuir, precisa de caminhões. O entendimento do grupo é que não devem ser tributados pelo Imposto Seletivo”, afirmou o deputado Moisés Rodrigues (União-CE), integrante do grupo de trabalho.
Continua após a publicidade
Ainda no Imposto Seletivo, o projeto do governo incluiu na cobrança “bens minerais extraídos”, conceito que agora foi alterado para “bens minerais”.
A mudança amplia o escopo de tributação, permitindo, por exemplo, que a importação e exportação de petróleo sejam tributadas, segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), também integrante do grupo.
Construção
Em relação à construção civil, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) afirmou que o grupo decidiu aumentar o desconto na alíquota geral do setor de 20% para 40%.
Continua após a publicidade
Lopes informou que o texto também prevê redução do imposto social para despesas de até 100 mil reais na compra de imóveis e de até 30 mil reais para loteamentos.
Haverá também uma redução social no pagamento de rendas, que também beneficiou de um maior desconto na tributação geral, passando de uma redução de 20% para 60% na alíquota.
Ao analisar a lista de itens com descontos fiscais, os deputados também decidiram retirar a isenção para medicamentos para disfunção erétil masculina, incluindo produtos relacionados à dignidade menstrual, como absorventes internos, entre os itens isentos.
Continua após a publicidade
“Nanoempreendedores”
Na entrevista, o deputado Moisés Rodrigues afirmou que o relatório do projeto cria um novo benefício para “nanoempreendedores”, como os vendedores porta a porta.
Essas pessoas ficarão isentas da arrecadação do imposto sobre consumo até uma faixa de arrecadação de 40,5 mil reais por ano, equivalente à metade do parâmetro válido para microempreendedores individuais (MEIs).
Segundo Cajado, o relatório do projeto poderá ser votado na Câmara já na próxima semana, que deverá ter como foco principal o debate da reforma tributária. Segundo ele, antes da votação do texto será necessária a aprovação urgente do procedimento.
Os parlamentares informaram ainda que decidiram não criar tributação diferenciada para Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e Fundo de Investimento da Cadeia Agroindustrial (Fiagro) porque uma decisão nesse sentido poderia desestimular investimentos no país. Segundo eles, o projeto tornará facultativa a adesão desses recursos ao novo sistema.
Os deputados também optaram por manter a tributação em 40% da alíquota geral da carne bovina, questão que tem sido foco de pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja concedida isenção.
Segundo Lopes, qualquer isenção para proteína animal faria com que a alíquota geral ficasse 0,57 ponto percentual acima dos 26,5% previstos pelo governo.
“Dinheiro de volta”
Com 335 páginas e 511 artigos, o texto apresentado manteve as regras de devolução de impostos aos mais pobres, o chamado cashback, de água, esgoto e energia. Pelo texto, o IBS e o CBS serão devolvidos às pessoas integrantes de famílias de baixa renda cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até metade do mínimo remuneração.
Pela proposta, o cashback será de 100% para CBS e 20% para IBS, na compra de um botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP) de 13kg; 50% para a CBS e 20% para o IBS, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural; 20% para CBS e IBS, nos demais casos. O texto também abre a possibilidade de União, estados, Distrito Federal e municípios aumentarem os descontos previstos em lei.
O texto prevê a incidência do parcelamento, mecanismo em que o valor pago pelo IBC e CBS por um comprador é automaticamente dividido entre o vendedor e o Fisco no momento da transação. Segundo os deputados, o mecanismo reduz a possibilidade de evasão fiscal e melhora a eficiência da arrecadação tributária.
“A reforma combaterá a inadimplência, a evasão e a fraude. A tendência é que a partir de 2033 [a alíquota de referência] pode continuar caindo, beneficiando o consumidor”, acrescentou o deputado Moisés Rodrigues.
Carne
O GT não incluiu carnes entre os itens que deverão ter alíquota zero. A justificativa é que a inclusão da proteína poderia impactar num aumento de cerca de 0,57% na alíquota média do imposto de 26,5%. Os integrantes do GT afirmaram ainda que o projeto encaminhado pelo governo não previa a inclusão da carne entre os itens da cesta básica que terão a alíquota zerada.
“O ponto chave, desde o início da obra, foi a preocupação de mantermos a alíquota que já havia sido anunciada e qualquer concessão que fizéssemos, teríamos que ver de onde seria tirado o gasto”, disse o deputado Augusto Coutinho.
Como resultado, o imposto sobre a carne será reduzido em 60% da alíquota média. Esta taxa será aplicada às proteínas e produtos de origem animal bovinos, suínos, ovinos, caprinos e de aves, com exceção do foies gras, da carne caprina e das miudezas comestíveis de ovinos e caprinos.
Os peixes também constam da lista, exceto salmonídeos, atum, bacalhau, arinca, escamudo e ovas e outros subprodutos. Moluscos e crustáceos, com exceção de lagostas e lagostins, também terão a mesma alíquota, que valerá também para derivados do leite, como alimentos fermentados, bebidas e compostos lácteos, além de queijos como mussarela, minas, prato, requeijão , ricota, requeijão, provolone, parmesão, queijo fresco não maturado e preto.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
emprestimos com desconto em folha
taxas de juros consignado
simulação de consignado
quero quero emprestimo
empréstimo pessoal brb
meu empréstimo
emprestimo para negativados curitiba
picpay logo
juros emprestimo aposentado
empréstimo bb telefone
auxílio brasil empréstimo consignado
simulador emprestimo aposentado
consignado auxílio brasil
onde fazer empréstimo