Para o Ibovespa, o primeiro semestre de 2024 foi marcado negativamente: o principal índice da Bolsa brasileira caiu 7,7% em reais, 19,5% em dólares e teve um dos piores desempenhos do mundo. E no segundo semestre, os factores que explicam a queda do referência nos primeiros seis meses do ano deverão continuar em destaque, trazendo potencialmente gatilhos positivos ou negativos.
No início de 2024, o principal fator que empurrou a bolsa brasileira para baixo foi o que estava acontecendo nos Estados Unidos. Nos últimos dois meses do primeiro semestre, porém, foram mais as notícias internas que prejudicaram o desempenho do Ibovespa.
Baixe uma lista de 10 ações Small Caps que, na opinião de especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos
Continua após a publicidade
Dados macroeconômicos nos Estados Unidos
Se no final de 2023 houve uma recuperação motivada pela visão de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) cortaria mais rapidamente as taxas de juros nos Estados Unidos, com projeções de chegar a sete cortes neste ano, os três primeiros meses de 2024 tentaram acabar com essa crença.
Nestes meses, os dados sobre a inflação ao consumidor (IPC) e o mercado de trabalho nos Estados Unidos ficaram acima das expectativas e passaram a alimentar a visão de que, com a economia mais aquecida, o Federal Reserve demoraria mais para cortar os juros.
“No início do ano esperávamos um corte nas taxas de juros em março, nos Estados Unidos. Isso foi frustrado e foi adiado e chegamos num momento em que alguns membros do Fed começaram a cogitar não haver corte ou até mesmo aumento”, diz Thiago Lourenço, trader de renda variável da Manchester Investimentos.
Continua após a publicidade
Reserva Federal
No final do primeiro semestre, porém, alguns dados dos EUA, como o IPC e o Payroll de maio, já começavam a mostrar uma desaceleração da economia. Você rendimentos do tesouro há dez anos, para ilustrar, passaram de 3,86% no início do ano, atingiram pico de 4,70% em abril e fecharam o semestre em 4,382%.
Lourenço refere que do ponto de vista das expectativas de taxas de juro nos Estados Unidos, a visão hoje é de um corte no final do ano, “se os dados económicos continuarem a vir no sentido de demonstrar uma certa fraqueza na economia” . ‘Mas a tese precisa ganhar força”, acrescenta.
Portanto, os dados macroeconômicos norte-americanos continuarão a ser acompanhados de perto, assim como os discursos dos diretores do Fed.
Continua após a publicidade
Caso sejam mais fortes do que o esperado, fechando a possibilidade de queda nas taxas de juros, é possível que o fluxo de investimentos continue pequeno (ou até negativo). Porém, se a economia americana apresentar fraqueza, a tese de mais cortes ganhará força, porém, a tendência tende a ser oposta.
Além dos dados, as eleições norte-americanas também devem ser acompanhadas de perto no que diz respeito às taxas de juros. A situação das contas públicas nos EUA, com o aumento da dívida, tornou-se algo acompanhado de perto pelo mercado e poderá impulsionar as taxas, dependendo dos discursos dos candidatos ou de quem lidera a corrida.
No brasil…
A recente melhora do cenário americano, porém, não foi vista no Ibovespa e no Brasil. Quando as taxas de juros caem nos EUA, os rendimentos brasileiros tendem a acompanhar, abrindo espaço para quedas quando se trata de diferenciais de taxas. Mas isso não aconteceu nos últimos meses do primeiro semestre.
Continua após a publicidade
Embora a curva de juros tenha recuado após o pico, a taxa de juros brasileira continuou avançando com os investidores de olho nas questões políticas e fiscais. E é aí que entram os problemas locais.
“Tivemos um impacto enorme no cenário local”, afirma Enrico Cozzolino, chefe de análise do Levante. “No final do semestre houve até um arrefecimento, com a manutenção da meta de inflação e um discurso mais amigável do presidente Lula, mas continua sendo algo acompanhado de perto.”
Os primeiros seis meses do ano foram marcados, por exemplo, pela revisão das metas de excedentes para os próximos anos, o que colocou em causa o compromisso do executivo com o quadro fiscal (estipulado há menos de um ano) e com as contas públicas.
Além disso, ao mesmo tempo que tenta aumentar as suas receitas, o governo mudou a presidência da Petrobras (PETR4), prometendo mais investimentos e ameaçando dividendos.
Além disso, o governo tem enfrentado dificuldades para aprovar medidas para aumentar suas receitas, como a MP compensatória.
Risco fiscal e BC
O risco fiscal brasileiro entrou no radar do mercado. Com isso, apesar da queda das taxas nos Estados Unidos, os rendimentos locais não conseguem cair, tendo as taxas de manter a sua “atratividade” face a um perigo maior.
“O Ibovespa iniciará mais um semestre sob a narrativa de que “está barato”, sob o argumento de que o P/L do índice é negociado com desconto de quase 40% em relação à média dos últimos 20 anos. Mas o fato de ‘ser barato’ não significa que será caro”, afirma Alexsandro Nishimura, head de conteúdo da Nomos.
“Acredito que o mercado continuará atento às discussões sobre o cenário fiscal.”
Ele explica ainda que, até o final do ano, as discussões sobre a definição do novo presidente do BC devem se intensificar. Um nome menos ortodoxo, que ameace cortar a taxa Selic mais rapidamente, poderia ter um impacto negativo sobre os investidores, fazendo com que a curva de juros brasileira subisse no longo prazo (apesar de uma possível queda no curto).
emprestimo negativado porto alegre
o que significa maciça no inss
pedir emprestimo
qual banco faz empréstimo com desconto em folha
empréstimo 5 mil
baixar picpay
site para empréstimo
empréstimo no cartão de crédito simulação
empréstimo ame
simulação emprestimo bb
empréstimo banco pan para negativado
banco picpay
azul empréstimo
contratando agora
emprestimo consignado privado