O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (26) que pagará uma recompensa de US$ 5 milhões por qualquer informação que leve à prisão ou condenação de Ruja Ignatova, conhecida como a “rainha das criptomoedas”.
Ruja é o líder do OneCoin, um esquema internacional de criptografia Ponzi que deixou os investidores com uma perda de US$ 4 bilhões. No seu auge, a OneCoin afirmava ter mais de 3 milhões de membros em todo o mundo.
“Para executar o esquema, Ignatova supostamente fez declarações e representações falsas a indivíduos a fim de solicitar investimentos na OneCoin”, disse o FBI, que em 2022 incluiu o golpista em sua lista dos 10 fugitivos mais procurados.
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A rainha das criptomoedas foi indiciada no tribunal federal de Nova York em outubro de 2017. Duas semanas depois, ela viajou de Sófia, na Bulgária, para Atenas, na Grécia, para escapar da prisão.
O FBI diz que Ruja pode estar viajando com “guardas armados e/ou associados”. Além disso, segundo o serviço de inteligência e segurança do país, ela pode ter feito “uma cirurgia plástica ou alterado a aparência de outra forma”.
O valor inicial da informação foi de US$ 100 mil. No entanto, como ela continua foragida mesmo depois de vários outros participantes da fraude terem sido condenados ou considerados culpados, o governo decidiu aumentá-lo para US$ 5 milhões.
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O dinheiro faz parte de um programa de recompensas do Departamento de Estado dos EUA, que foi estabelecido pelo Congresso em 2013 e permite oferecer até 25 milhões de dólares por informações sobre o crime organizado transnacional.
Além das acusações nos EUA, Ruja também enfrenta crimes na Bulgária, Alemanha e Índia. Na Bulgária, país onde ela nasceu, as autoridades anunciaram ontem que ela seria acusada à revelia pelo seu papel no esquema Ponzi.
Participantes condenados
Outros participantes do golpe já foram condenados. O irmão de Ruja, Konstantin Ignatov, confessou-se culpado em 2019 e recebeu 34 meses de prisão. Seu ex-namorado, Gilbert Armenta, foi condenado a cinco anos por lavagem de US$ 300 milhões em receitas do esquema.
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Mark Scott, ex-sócio de um escritório de advocacia acusado de lavar US$ 400 milhões, foi condenado a 10 anos de prisão. Karl Sebastian Greenwood, cofundador e principal promotor da OneCoin, cumprirá 20 anos de prisão. Irina Dilkinska, ex-chefe do departamento jurídico e de compliance, recebeu quatro anos.
(Com Bloomberg)
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