O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira (26) que há dúvidas no mercado sobre o comportamento dos gastos públicos federais, mas que essas dinâmicas estão sendo observadas pelo governo para garantir que sejam compatíveis com o orçamento fiscal. estrutura.
Numa conferência de imprensa de divulgação dos dados fiscais do governo central relativos a Maio, Ceron disse ser inegável que as receitas estão a recuperar de forma saudável, na sequência das medidas anteriormente tomadas pelo Ministério das Finanças.
Depois de afirmar que o governo mostrará que a dinâmica dos gastos respeitará as regras fiscais, destacou que deve ser dada especial atenção às contas da Segurança Social, que têm apresentado um aumento nos desembolsos.
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“Há um crescimento dos benefícios previdenciários que merece atenção, para evitar que crie uma dinâmica incompatível com os limites de despesas e o enquadramento”, afirmou.
Ceron afirmou que a equipe econômica está debatendo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um diagnóstico sobre a evolução dos gastos e quais medidas podem ser tomadas caso seja necessário. Considerou que não haveria menção a possíveis iniciativas que poderiam ser adotadas.
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Segundo ele, as sinalizações de Lula respeitam totalmente a equipe econômica e a agenda de responsabilidade fiscal.
Na manhã desta quarta, Lula disse em entrevista ao UOL que não aceita mudanças na política de valorização do salário mínimo e também negou que o governo estude desvincular a previdência e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) dessa política de valorização.
Ceron destacou que o atual governo não possui uma política econômica que busque um estado mínimo, mas sim uma política que visa equilibrar as demandas sociais e de investimento com a responsabilidade fiscal.
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Na mais recente revisão das projeções para o ano, feita em maio, a equipe econômica estimou que fechará 2024 com déficit primário de 14,5 bilhões de reais, uma piora em relação ao saldo negativo de 9,3 bilhões de reais projetado em março, mas ainda dentro da margem de tolerância estabelecida pelo quadro fiscal.
O secretário afirmou que a secretaria está reavaliando as contas para a nova revisão de contas em julho. Para ele, as variáveis que afetam o Orçamento pouco mudaram desde maio, o que sugere que qualquer contingência para cumprimento da meta fiscal não seria significativa. E acrescentou que o dólar mais forte acaba ajudando, de certa forma, na receita.
Ceron sublinhou que a meta de défice primário zero este ano se mantém, acrescentando que acredita “fortemente” que é viável.
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