O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarta-feira (26) que o uso do termo “corte de gastos” resume a complexidade da dinâmica fiscal do país.
Segundo ele, a expressão “muitas vezes atrapalha um debate mais sereno” sobre os gastos do Brasil.
“É, de facto, uma política que vai equilibrar as exigências sociais que são importantes, as exigências de investimento público com responsabilidade fiscal, com equilíbrio macroeconómico. É isso que se busca”, disse ela.
“Cládios sobre corte de despesas muitas vezes atrapalham um debate mais calmo sobre a necessidade de olhar a dinâmica do lado das despesas.”
Em conferência de imprensa para comentar os resultados fiscais do Executivo, Ceron destacou que todos os esforços de medidas que foram tomadas estão a surtir efeito e que é “inegável que as receitas estão a recuperar de forma saudável”.
“O nosso objetivo é recuperar o equilíbrio fiscal o mais rapidamente possível e estabilizar o nível da dívida pública”, reforçou.
“Estamos no caminho certo, mas a diferença entre as nossas projeções e as do mercado está no tempo e nos movimentos necessários para atingir os nossos objetivos.”
Ainda assim, Ceron manifestou preocupação relativamente à dinâmica das despesas, especialmente no que diz respeito às pensões, que merecem “atenção para evitar a criação de uma dinâmica incompatível com os limites de despesas estipulados no quadro”.
O apoio “insubstituível” de Lula
O secretário destacou ainda que a equipe econômica está em constante discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para avaliar a evolução dos gastos públicos e considerar as medidas necessárias.
Ceron enfatizou o apoio irrestrito do presidente à equipe econômica nas medidas de contenção de custos.
“O Presidente da República tem-nos apoiado de forma impecável. Tem que olhar para o lado das despesas, o presidente já conhece muito disso”, afirmou.
Sobre as recentes declarações do presidente Lula sobre cortes de gastos públicos, Ceron disse não ver nada de novo no que já era público e que a Diretoria de Execução Orçamentária (JEO) está apresentando ao presidente “um conjunto de diagnósticos e perguntas”.
“Não vi nada de novo nos discursos do presidente em relação ao que já era público. Estamos na fase de diagnóstico de despesas”, destacou.
O presidente Lula pediu nesta quarta-feira que se discuta se há mesmo necessidade de corte de gastos públicos no Brasil ou se o ajuste deve ser feito por meio da arrecadação de impostos.
“O problema não é que você tenha que cortar. O problema é saber se você precisa efetivamente cortar ou aumentar a receita. Precisamos ter essa discussão”, disse ele em entrevista ao UOL, ao ser questionado sobre medidas para reduzir despesas.
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