RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que cria incentivos e abre espaço para a instalação de uma bolsa de valores na cidade.
A cidade do Rio foi sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de 1820 até 2002, quando foi descontinuada e incorporada pela Bolsa de Valores de São Paulo, atual B3 (B3SA3).
“Isso tem um impacto incrível para a cidade, vai nos permitir recuperar o nosso protagonismo econômico”, comemorou o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), na plataforma X.
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O PL 3276/2024, aprovado por 37 votos a 5, prevê a redução do Imposto sobre Serviços (ISS) para 2%, dos atuais 5%, para atividades de bolsa de valores.
“(É) um marco histórico e fundamental para o Rio recuperar sua importância no mercado de capitais brasileiro”, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões, à Reuters.
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“Criamos incentivos para termos aqui mais uma Bolsa, que trará concorrência e competitividade, além de mais uma opção para investidores e empresas”, acrescentou.
O empreendimento deve concorrer com a B3, sediada em São Paulo, e declarações da Câmara Municipal do Rio sugeriram que a cidade poderá ganhar a nova bolsa já em 2025.
Segundo Bulhões, falta apenas a divulgação do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais com sede no Rio de Janeiro.
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“A expectativa é que isso possa ocorrer no final deste ano ou início do ano que vem”, disse.
A empresa ATG está desenvolvendo projeto para instalação de bolsa de valores na cidade
Questionado se no futuro poderão ser oferecidos outros incentivos para empresas listarem ações na bolsa de valores do Rio, o secretário afirmou que poderia haver incentivos, mas não deu mais detalhes.
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“O primeiro passo é ter uma nova bolsa. Isso naturalmente trará novos atores econômicos e designs para o mercado brasileiro.”
O setor financeiro foi o quarto maior contribuinte de impostos da capital entre 2021 e 2023, representando 9% de toda a receita, com cerca de 1,5 bilhão de reais, mostraram dados da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento do Rio de Janeiro.
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