Os comerciantes brasileiros estavam menos otimistas em junho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança dos Empresariais do Comércio (Icec) caiu 0,5% frente a maio, segunda queda consecutiva, já descontadas as influências sazonais.
O índice ficou em 106,1 pontos, permanecendo na zona de satisfação, acima dos 100 pontos. Na comparação com junho de 2023, o Icec caiu 0,3%.
De maio a junho, dois dos três componentes do Icec registraram queda.
A componente de avaliação das condições atuais caiu 0,4%, para 79,1 pontos, com quedas nas rubricas economia (-2,3%) e empresa (-0,3%), mas aumento no setor (+1,1%).
O componente expectativas caiu 1,2% em junho ante maio, para 137,2 pontos, com piora na economia (-2,3%), setor (-1,1%) e empresa (-0,3%).
O componente intenções de investimento cresceu 0,4% em junho ante maio, para 101,9 pontos, com expansão nos itens contratação de funcionários (+0,3%), empresa (+0,8%) e estoques (+0,2%).
A entidade avalia que os comerciantes demonstram maior entusiasmo em relação ao seu setor, mas são cautelosos com as incertezas econômicas.
“A incerteza econômica em relação ao futuro da Selic (taxa básica de juros), da inflação e das contas públicas piorou a situação atual”, afirmou a CNC, em relatório.
Há maior prudência em relação ao crédito, após o fim do ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, mantida no patamar de 10,50% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, lembrou a CNC.
“Diferentemente dos consumidores, o saldo de crédito para pessoas jurídicas reduziu 1,4% em abril e desacelerou nos últimos 12 meses nos últimos resultados. Entretanto, as taxas de incumprimento das empresas mantiveram-se próximas dos 3,3%, revelando que, apesar de utilizarem menos estes recursos, os empresários não conseguem mitigar os custos da sua dívida”, explicou a entidade.
Já nos diversos ramos do comércio, a queda na confiança empresarial em junho foi puxada pelos revendedores de bens de consumo duráveis, ou seja, lojas varejistas de eletroeletrônicos, móveis e decoração, cinema/foto/som, materiais de construção e veículos, com 0,7% redução da confiança. A confiança dos empresários que comercializam produtos essenciais (como alimentos) e semiduráveis (roupas e tecidos, por exemplo) manteve-se estável no mês.
Desastre afetou confiança empresarial no RS
Diante das consequências das enchentes, a confiança dos empresários gaúchos registrou dois meses consecutivos de perdas: queda de 2,1% em maio e queda de 8,6% em junho, a queda mais significativa desde abril de 2021, quando o índice caiu 10%.
Em junho, o Icec gaúcho caiu para 93,4 pontos, menor nível desde maio de 2021, retornando pela primeira vez à zona desfavorável (abaixo de 100 pontos) desde então.
“O desastre ambiental no Estado levou os comerciantes a repensarem seus investimentos, com o subindicador apresentando a maior queda mensal, de 10,4%. A intenção de contratar funcionários caiu 13,7% e a intenção de investir em estoques caiu 6,9% – ambas voltaram à zona de insatisfação. A percepção das condições atuais deteriorou-se em 8,2%, especialmente em relação à economia – o subindicador caiu 12,1%. Embora as expectativas tenham caído 7,4%, mantiveram-se acima do nível de satisfação, nos 115,8 pontos, estando os empresários mais confiantes nos próximos meses devido às medidas de apoio ao Estado”, noticiou o CNC.
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