Há muitos problemas a serem resolvidos Seleção Brasileiraa começar pela ausência de Neymar por lesão, mas o que mais dá dor de cabeça ao técnico Dorival Júnior antes da estreia na Copa América é a fragilidade da defesa.
Embora esteja invicto desde a chegada de Dorival, em janeiro, o Brasil sofreu seis gols nos quatro amistosos que disputou desde então, contra Inglaterra (1-0), Espanha (3-3), México (3-2) e Estados Unidos. (1 a 1).
Em alguns jogos, o treinador não pôde contar com os goleiros Alisson e Ederson, nem com os zagueiros mais experientes, como Marquinhos, Éder Militão e Gabriel Magalhães.
Portanto, o desafio de melhorar o sistema defensivo fica ainda mais complicado no início dos trabalhos.
A seleção fecha a primeira rodada do Grupo D da Copa América contra a Costa Rica na próxima segunda-feira, em Inglewood, na Califórnia. Colômbia e Paraguai se enfrentam primeiro, em Houston, no Texas.
“É natural que ainda estejamos longe do que queremos. Para mim o futebol começa do equilíbrio e é preciso ter eficácia. Sem posse de bola é preciso estar um pouco mais atento e com os compartimentos mais próximos”, afirmou Dorival.
Nenhum equilibrio
Mas esse equilíbrio tem sido difícil de conseguir nesses cinco meses de trabalho, numa equipe bem servida no ataque com os jovens Vinícius Júnior, Rodrygo e Endrick.
“Até encontrarmos um equilíbrio, precisaremos de um pouco mais de individualidade destes jogadores. [de ataque] no trabalho defensivo, para que depois tenham mais liberdade. O equilíbrio ainda não existe”, disse o treinador.
Dorival Júnior dá carta branca aos seus jogadores no ataque, e eles responderam marcando em média dois gols por jogo. Porém, precisa voltar para se reerguer e ajudar os laterais e o meio-campo, renovados para a Copa América após a ausência de Casemiro.
Sem o experiente meio-campista do Manchester United, Bruno Guimarães, João Gomes, Douglas Luiz e Andreas Pereira são os meio-campistas com a missão de proteger a linha defensiva comandada pelo zagueiro Marquinhos e pelo lateral Danilo.
“Temos que ser um pouco mais inteligentes e manter um pouco mais a posse de bola no ataque. Somos uma equipe que tem muita qualidade, então temos que marcar com a bola nos pés, poder rodar mais, ter um um pouco mais de paciência. Assim ficaremos mais com a bola e sofreremos menos”, disse Douglas Luiz.
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Herança complicada
Problemas defensivos não são novidade para a Seleção, que buscará o décimo título da Copa América, o primeiro desde 2019.
Dorival Júnior recebeu um legado complicado na defesa, sem o veterano Thiago Silva. Depois de ser um autêntico muro na era Tite, a Seleção desabou sob o comando do interino Fernando Diniz no início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026: sete gols sofridos em seis jogos, mais que os cinco sofridos durante toda a campanha rumo a 2022 Copa do Mundo.
A pressão é ainda maior pela modesta sexta posição nas Eliminatórias, uma acima da repescagem.
Por outro lado, Dorival agora conta com Alisson, recuperado de lesão, e os zagueiros mais experientes, além do jovem Lucas Beraldo (20 anos), que foi seu jogador no São Paulo e fez boa temporada no Paris Saint. -Germain.
Com um elenco muito jovem em busca de melhorar, a Costa Rica parece ser um bom adversário na estreia para que a defesa brasileira recupere a confiança e chegue pronta para enfrentar os maiores times do Grupo D da Copa América: o Paraguai (28 de junho) e Colômbia (2 de julho).
“É questão de tempo, não é numa convocação que vamos aprender todos os ensinamentos do Dorival”, afirmou Beraldo. “Esses detalhes serão ajustados para a Copa América”.
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