Conhecido por ter presidiários de destaque, o complexo penitenciário de Tremembé, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, recebeu o assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), Ronnie Lessa. Ele foi transferido nesta quinta-feira (20).
Entre eles, estão o ex-jogador de futebol Robinho, atualmente preso, e os irmãos Cravinhos, que já saíram da prisão.
Quem está aí agora?
Um dos casos mais recentes de entrada em Tremembé II é o do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, motorista do Porsche envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na noite de 31 de março de 2024 Ele está em prisão preventiva e ainda não foi julgado.
O ex-atacante da seleção brasileira Robson de Souza, conhecido como Robinho, também cumpre pena lá desde março. Ele foi condenado por estupro coletivo contra uma jovem albanesa, na Itália, e cumprirá pena de 9 anos no Brasil. O crime ocorreu em 2013.
O ex-seminarista Gil Rugai, condenado a 32 anos de prisão pela morte a tiros do pai e da madrasta em 2004, está em regime aberto em Tremembé desde 2021, de onde sai diariamente para estudar Arquitetura e Urbanismo em uma faculdade.
Roger Abdelmassih, ex-médico condenado a 173 anos de prisão e seis meses por estuprar mais de 70 mulheres, está preso em regime fechado em Tremembé desde 2014. No ano passado, seu pedido de prisão domiciliar foi negado pela Justiça paulista.
Lindemberg Alves, condenado a 39 anos pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel, em 2008, está em Tremembé desde então. Atualmente, cumpre pena em regime semiaberto, com saídas autorizadas.
Quem já esteve em Tremembé?
Alexandre Nardoni, condenado a mais de 30 anos pela morte da filha Isabella em 2008, deixou a penitenciária de Tremembé em maio deste ano, após cumprir 16 anos.
Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, condenados pela morte do casal von Richtofen, em 2002, cumpriram pena em Tremembé.
Daniel foi condenado a 39 anos e seis meses, em regime fechado. Ele saiu da prisão em 2018 e continua livre.
Cristian recebeu pena de 38 anos e seis meses em regime fechado. Ele deixou a penitenciária em 2017, mas perdeu o benefício do regime aberto e voltou à prisão após ser denunciado por outros crimes.
Mateus da Costa Meira, então estudante de medicina, foi para a prisão depois de ter sido condenado a 48 anos e nove meses de prisão. Ele abriu fogo contra o público de um cinema em São Paulo e matou três pessoas em 1999. Ele foi declarado inresponsável por doença mental e continua internado em um hospital psiquiátrico em Salvador.
Outro graduado do mundo esportivo é o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé. Condenado a 33 anos, Edinho cumpriu pena em Tremembé por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele saiu da prisão em 2019.
O ex-policial militar Mizael Bispo foi condenado a 22 anos e 8 meses de prisão pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010. Cumpriu mais de 11 anos em Tremembé e está em liberdade desde 2023.
O publicitário Marcos Valério, operador do esquema Mensalão, foi condenado a 37 anos e cinco meses, por crimes como corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele passou por Tremembé e estava em prisão domiciliar. No total, ele cumpriu nove anos e está aberto desde 2022.
Presa conhecida
A cerca de dez quilômetros do presídio masculino, dentro do mesmo complexo, fica a Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, também com segurança máxima – e que também contava com presidiárias “famosas”.
Elize Matsunaga, condenada a 16 anos e três meses, deixou Tremembé em 2022. Ela cumpriu cerca de 10 anos, após ser condenada por matar e esquartejar o corpo do marido, Marcos Matsunaga, presidente da empresa Yoki, em 2012. A Justiça negou o pedido do Ministério Público para que ela voltasse à prisão.
Em Tremembé até o ano passado, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni, cumpriu 15 anos de um total de 26. Condenada pela morte da menina, que foi atirada de uma janela, Anna Carolina está em regime aberto.
Suzane von Richthofen esteve lá por duas décadas. Condenada pelo assassinato dos pais na casa da família em 2002, ela foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão. Ela conseguiu a progressão para o regime aberto no início de 2023.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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