A Copa América traz uma história de muita emoção e rivalidade entre times do continente. Ídolos de Seleção BrasileiraRivaldo e Ronaldo relembraram algumas de suas experiências disputando a competição, vencida com a dupla em campo em 1999, no Paraguai.
“Meu momento mais marcante foi a final da competição, foi um momento legal, onde fiz dois gols e o Ronaldo fez o terceiro, mas teve muita coisa acontecendo durante a competição, como vencer a Argentina por 2 a 1, marquei o gol da vitória. empate e Ronaldo marcou o gol da vitória. Fui expulso contra o México, aconteceu tudo na Copa América”, brincou Rivaldo, em entrevista ao canal oficial da Betfair no YouTube.
Ronaldo lembrou a motivação do Brasil na Copa América, um ano depois da derrota para a França na final da Copa do Mundo de 1998. “O bom do futebol é que ele é dinâmico: um dia você perde, na semana seguinte você tem a chance de ganhar. E nós, que viemos do futebol e do esporte, aceitamos a derrota de forma razoável, ao contrário dos torcedores que buscam histórias e teorias da conspiração. Aprendemos desde muito cedo no desporto como ganhar e, sobretudo, como perder. Mas a vontade de estar na seleção brasileira é sempre muito forte, então, o próximo objetivo, que era a Copa América, todo o grupo fez questão de ir, se colocar à disposição, e aí estávamos prontos para apagar momentaneamente a derrota. a partir de 98.”
Ronaldo destaca a confiança do grupo campeão de 1999. “Tive uma sensação de confiança, uma sensação de que poderíamos vencer qualquer time do mundo. Entramos em cada jogo como se fosse o último e temos que vencê-los, depois o próximo. Reunir um grupo de grandes campeões comprometidos com o objetivo de ser campeão, com todos remando na mesma direção, torna o grupo muito especial. A equipe deu essa sensação de poder atingir qualquer objetivo. Acho que esse grupo foi homenageado pelos títulos e por toda a luta de cada um – individualmente falando foi muito grande”, afirmou.
1999, ano especial para Rivaldo
A temporada de 1999 foi especial para Rivaldo: campeão do torneio continental pela Seleção, artilheiro do torneio, campeão pelo Barcelona e coroado melhor jogador do mundo naquele ano. Para o embaixador da Betfair, esta foi a sua principal conquista na carreira.
“Ser campeão mundial é sempre muito importante, mas ser considerado o melhor jogador do mundo é algo que qualquer jogador do mundo deseja. Aquele ano de 1999 foi muito importante, ganhar a Copa América, ganhar títulos pelo Barcelona também, ser artilheiro, depois ser considerado o melhor jogador do mundo foi muito especial para mim, ajudando a coroar aquele ano incrível”, destaca Rivaldo, da Betfair embaixador.
Respeito pelo Luxemburgo
Ronaldo e Rivaldo falam com carinho do trabalho realizado por Vanderlei Luxemburgo, técnico na conquista da Copa América de 1999. Ronaldo brinca que muitas histórias com o treinador não podem ser divulgadas. “Lembro-me de muitas histórias impublicáveis.” Na sequência, ele afirma seu respeito pelo técnico da vitória brasileira. “Tenho o maior respeito, ele é uma lenda do futebol brasileiro, inovador na época, um cara que entendia do esporte como poucos e, no dia a dia, sempre foi muito simpático com todos”, afirma Ronaldo.
“Ele é um cara simpático, aquele cara que sempre brincava com os jogadores”, disse Rivaldo sobre o técnico que o trouxe para jogar no Palmeiras e no Cruzeiro. Ronaldo acrescenta que, por ter sido jogador de futebol antes de se tornar treinador, Vanderlei fez a diferença na aproximação daquele grupo. “Ele era jogador também e, por isso, entendeu muito bem aquele momento do atleta, o que passa pela cabeça dele naquela situação – isso foi importante para a nossa conquista”, disse o Fenômeno.
Ronaldinho Gaúcho brilha pela primeira vez
Destaque no Grêmio, em 1999 Ronaldinho Gaúcho despontou no futebol mundial, convocado no lugar de Edilson, Ronaldinho Gaúcho chegou fazendo sua estreia e marcando um belo gol pela seleção, na vitória por 7 a 0 sobre a Venezuela. Rivaldo, que viu de perto a chegada do ‘Bruxo’ à seleção, conta que o jovem aproveitou rapidamente o momento na seleção logo na primeira convocação.
“Ronaldinho Gaúcho se liberou rápido, se destacou fazendo aquele gol lindo no primeiro jogo, veio para substituir o Edilson, que foi cortado, acabou indo muito bem e se tornou o que é hoje pelo que fez naquela Copa América. ”
Momentos inesquecíveis
Ronaldo relembrou com carinho as brincadeiras que fazia no time pela chegada de novos jogadores, destacando como eram as brincadeiras com as novas gerações que chegavam à Seleção Brasileira.
“Fizemos trotes, mas foi muito leve comparado ao que sofremos quando entramos no time. Sofremos mais com as gerações do passado, mas fizemos bobagens com elas: deixamos a tampa do xampu aberta, sujamos a escova de dente, nada muito elaborado ou especial, porque as gerações têm uma mudança de comportamento e de atitude, e sempre respeitamos os mais novos, por mais que tivéssemos que ensiná-los, era nossa responsabilidade que eles se adaptassem o mais rápido possível àquele ambiente de seleção para os objetivos do grupo, sendo agradáveis e colaborativos.”
Estrelas brasileiras
Rivaldo destaca a frieza e o cara a cara com o goleiro que Ronaldo Fenômeno fez extremamente bem durante sua carreira. “Uma qualidade do Ronaldo para mim que foi super positiva é o mano a mano com o goleiro, ele tinha uma habilidade enorme. Sua pedalada na frente do goleiro, para driblar e fazer o gol é uma demonstração de sua frieza. Ele tinha uma facilidade enorme, então não importava quem fosse o goleiro”, elogiou Rivaldo.
Para Ronaldo, a visão de jogo e o pé esquerdo de Rivaldo foram dois pontos que causaram “boa inveja”. “Não tenho dúvidas de que faltou no meu currículo o canhoto do Rivaldo. Minha esquerda era boa, mas assim como o Rivaldo não existia. Sempre aquele golpe de esquerda de fora da área. E não se trata apenas disso: da movimentação em campo, da força que tinha, das passadas largas e da visão de jogo de um verdadeiro camisa dez, que está lá atrás e visualiza tudo. Rivaldo acompanhou a partida e viu as jogadas, sendo perfeita sua capacidade de conduzir o jogo com a bola nos pés. Ele era um verdadeiro craque e, com a canhota, era diferente como jogador”, destacou.
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