O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter os juros no patamar atual de 10,5% ao ano. A decisão gerou reações negativas entre os principais representantes do setor industrial.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi “inadequada e excessivamente conservadora”. A justificativa é que a manutenção do nível atual imporá restrições adicionais à atividade econômica, causando efeitos negativos no emprego e na renda.
Em nota, o presidente da CNI argumentou que a manutenção do ritmo de cortes da Selic “contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado por empresas e consumidores, sem prejudicar o controle da inflação”.
A CNI argumenta ainda que a decisão ideal, um corte de 0,25 ponto percentual, levaria a taxa de juros real para 6,4% ao ano, o que ainda denotaria uma política monetária “fortemente contracionista”.
Seguindo a linha crítica à decisão, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) comunicou, em nota, que “a manutenção da taxa prejudica a recuperação da economia, limitando a expansão dos investimentos”.
A Federação destacou que a indústria, entre os três principais setores do Produto Interno Bruto (PIB), foi o único a apresentar desempenho negativo no último semestre.
A nota sugere ainda que a política monetária deverá ser mais favorável ao crescimento económico, dada a falta de dinamismo do sector.
“Na esfera monetária, é fundamental preservar a autonomia do BC para garantir maior previsibilidade e transparência na condução da política monetária”, aponta a Federação do Rio de Janeiro.
Vale destacar que a decisão do Copom ocorreu em meio a atritos entre o presidente Lula (PT) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado para o cargo pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na mesma linha, o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Rafael Cervone, destacou que “a área econômica do governo e do Banco Central precisam conversar mais entre si, pois a independência da instituição, como ocorre em vários países, não significa antagonismo.”
Cervone afirmou ainda que eventuais divergências políticas estão muito aquém dos interesses maiores do Brasil, dos setores produtivos e do objetivo de inclusão socioeconômica.
A nota negativa à decisão defendia que “é necessário quebrar o círculo vicioso do desequilíbrio fiscal e das altas taxas de juro”.
Para o representante da CIESP, as persistentes incertezas em relação ao ajuste fiscal do governo federal dificultam a decisão das autoridades monetárias quanto à redução das taxas.
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