Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil de São Paulo relataram o ocorrido momentos antes do assassinato de Carlos “Nenê” Monteiro, 58 anos, dono de um bar de rock em Mirandópolis, bairro da zona sul da capital. O suspeito foi preso após cometer o crime, na madrugada deste domingo (16).
De acordo com as declarações obtidas por CNN, o suspeito, identificado como Diego de Almeida Pereira, apresentou comportamento estranho e ainda assediou clientes e brigou com um funcionário do estabelecimento. “Nenê” teria inclusive expulsado o homem do local antes do ocorrido.
Diego foi contido por testemunhas até a chegada da polícia, quando foi preso em flagrante. A prisão foi convertida em preventiva durante audiência realizada ontem.
Funcionário deu um soco em suspeito
Testemunha-chave do ocorrido, uma funcionária do bar disse à polícia que já conhecia o suspeito, pois ele trabalhava em alguns eventos de rock. Segundo ela, ao conversar com Diego, percebeu que ele estava diferente, parecia irritado e disse que estava sendo enganado, mas sem deixar claro o motivo.
Segundo ela, o homem causou comoção e perturbou o sossego de vários clientes. Perturbados, alguns até abandonaram o local. A funcionária afirmou em seu depoimento que o dono do bar chegou a questionar Diego sobre o motivo de ele estar sendo rude com as pessoas.
Irritada com a atitude do conhecido, a funcionária disse que chegou a dar um soco em Diego, que não revidou.
Mais tarde, ela estava dentro do bar quando viu uma discussão entre o suspeito e “Nenê”. Então ela viu o dono do bar caído no chão.
A vítima sabia que o suspeito tinha uma faca
Em outro depoimento, um amigo da vítima relatou que ela chegou ao bar pouco depois das 23h de sábado (15). Ele estava indo para outro bar próximo, mas viu o amigo, dono do lugar, e decidiu parar.
“Nenê” chegou a dizer ao amigo “acho que aquele cara aí atrás tem uma faca”, referindo-se ao suspeito. Ao exibir a faca e segurar o objeto próximo ao corpo, o dono do bar chegou a questioná-lo sobre o que faria com a faca.
Momentos depois, o crime aconteceu. No depoimento prestado à polícia, ele afirma que “não houve briga alguma, que seu amigo foi morto covardemente, sem chances de defesa, pois o desconhecido, armado com a faca, simplesmente atingiu seu colega no pescoço, que caiu na rua e foi novamente atingido pelo autor nas costas, momento em que um frequentador do bar conseguiu imobilizar o agressor e retirar a faca de suas mãos.”
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