O policial Rafael Wolfgramm Dias, 37, morreu na noite do último domingo (16), após ficar seis dias internado no Hospital Federal de Bonsucesso, zona norte do Rio de Janeiro.
Wolfgramm era sargento do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro e foi baleado durante operação realizada no dia 11 no complexo da Maré. Na ocasião, outro policial, Jorge Henrique Galdino Cruz, também foi atingido e morreu.
Segundo a Polícia Militar, Wolfgramm ingressou na corporação em 2008. O policial ingressou no BOPE em 2012. “Wolfgramm deixará uma linda história escrita durante sua trajetória no BOPE. Neste momento de dor nos solidarizamos com todos os familiares e amigos”, diz homenagem publicada pelo batalhão em rede social.
O policial era de Itaguaí, na Baixada Fluminense. Ele era casado e deixa um filho menor.
Em novembro de 2020, o sargento recebeu uma moção de elogio e reconhecimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem foi proposta pelo então vereador Major Elitusalem (PSC).
“O homenageado é Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro, exercendo as funções que lhe foram atribuídas com competência, profissionalismo e elevado espírito público. Devido ao seu histórico de compromisso com a prestação de serviços à população carioca, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou esta proposta e a referendou, reconhecendo e registrando para a posteridade o nome do 3º SGT WOLFGRAMM como símbolo de respeito e admiração que estamos muito honrados em ser premiados. ”, diz o texto que homenageou o policial.
Em 2021, recebeu o título de Cidadão Meritório Itaguaiense.
Nas redes sociais, Wolfgramm fez postagens relacionadas ao seu trabalho, esportes e seu time preferido, o Flamengo.
Desde que foi baleado durante a operação na Maré, parentes e amigos iniciaram uma corrente de orações pela vida do sargento. O Bope organizou uma campanha de doação de sangue para o colega nas redes sociais.
“A lembrança que vou guardar de você é essa: um cara feliz, que vinha treinar todos os dias e me dava um oi. Um cara que amava a profissão, que amava a vida”, escreveu um amigo de Wolfgramm.
A operação
No total, seis pessoas morreram na ação realizada na Maré, sendo quatro suspeitos e dois sargentos. Segundo a PM, a operação teve como alvo integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de veículos em importantes vias expressas da capital fluminense.
Durante a operação, 24 suspeitos foram presos e cerca de 20 armas foram apreendidas, incluindo uma metralhadora calibre .30, capaz de abater aeronaves.
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro afirma ter identificado duas pessoas que teriam atirado contra os dois agentes. O especialista afirma ainda que realiza buscas de criminosos.
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