O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse no sábado (15) que mediadores do Catar e do Egito planejam envolver o Hamas em uma tentativa de avançar em breve com uma proposta de cessar-fogo em Gaza. O plano foi divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sullivan falou aos repórteres durante a cimeira de paz da Ucrânia na Suíça e foi questionado sobre os esforços diplomáticos para chegar a um acordo de libertação de reféns do Hamas e a um cessar-fogo israelita que dure pelo menos seis semanas.
O assessor da Casa Branca disse que conversou brevemente com um dos principais interlocutores, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e que eles falariam novamente sobre Gaza no domingo (16), enquanto ambos estiverem na Suíça para a conferência na Ucrânia.
O Hamas diz que acolheu favoravelmente a proposta de cessar-fogo, mas com uma série de reservas, e insiste que qualquer acordo deve garantir o fim da guerra, uma exigência que Israel ainda rejeita.
Sullivan disse que as autoridades dos EUA analisaram de perto a resposta do Hamas.
“Acreditamos que algumas das questões propostas não são inesperadas e podem ser gerenciadas. Algumas delas são inconsistentes tanto com o que o Presidente Biden expôs como com o que o Conselho de Segurança da ONU aprovou. E estamos tendo que lidar com essa realidade”, afirmou.
Sullivan afirmou também que as autoridades norte-americanas acreditam que ainda há um caminho para um acordo e que o próximo passo será os mediadores do Catar e do Egito conversarem com o Hamas e “analisarem o que pode e o que não pode realmente ser trabalhado”.
Protestos acontecem em Tel Aviv
Milhares de israelenses se juntaram às famílias de reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza em manifestação em Tel Aviv neste sábado (15). Os manifestantes exigem um cessar-fogo imediato de ambos os lados para garantir a libertação dos prisioneiros.
Os protestos tornaram-se eventos semanais, sublinhando as divisões na sociedade israelita que reabriram após um período de unidade no início da guerra.
Um manifestante prestou homenagem a 8 soldados israelenses que os militares israelenses disseram ter sido mortos no sul de Gaza, enquanto as forças continuavam a avançar dentro e ao redor da cidade de Rafah, no sul. Os ataques atingiram diversas áreas de Gaza, matando pelo menos 19 palestinos.
Estas últimas mortes elevam o número total de soldados israelitas mortos em Gaza para mais de 300.
O episódio pode agravar a situação política enfrentada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, uma semana depois de o ex-general Benny Gantz ter deixado o governo, acusando Netanyahu de não ter uma estratégia adequada para Gaza.
Apesar da crescente pressão internacional para um cessar-fogo, um acordo para parar os combates ainda parece distante, mais de oito meses desde o início da guerra, em Outubro, com trocas de tiros transfronteiriças quase diárias com combatentes do Hezbollah no sul do Líbano. intensificando.
Pelo menos 37.296 palestinos, pelo menos 30 nas últimas 24 horas, foram mortos na campanha militar de Israel para eliminar o Hamas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
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