O filme “Assassino Acidental” chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12). A trama é inspirada em uma história real revelada pelo jornalista Pular Hollandsworthque escreveu um artigo sobre o assunto para a revista norte-americana Texas mensalmenteem 2001.
No filme, uma professora que vive uma vida aparentemente pacífica, ensinando e trabalhando meio período na polícia de Nova Orleans, tem que passar abruptamente para um assassino contratado para ajudar as autoridades a prender quem o contrata, e acaba quebrando o protocolo para tentar salvar uma mulher desesperada.
A produção é liderada por Glen Powell (“Everyone But You” e “Top Gun: Maverick”) e Adria Arjona (“Morbius” e “Andor”) e é dirigido pelo cineasta cinco vezes indicado ao Oscar Richard Linklater (“Antes do Nascer do Sol” e “Infância: Da Infância à Juventude”).
Descubra a história real que inspirou “Assassin by Chance”
Em 2001, Pular Hollandsworth escreveu um artigo sobre o assassino mais procurado de Houston, Texas, nos Estados Unidos, que na verdade trabalhava para a polícia. Na década de 1990, Gary Johnson foi contratado para matar dezenas de pessoas e ajudou as autoridades a prender mais de 60 pessoas.
Segundo o relatório, Johnson viveu uma vida “tranquila e rural” no estado da Louisiana durante a sua infância e adolescência. Passou um ano em Vitetnã, trabalhando como policial militar supervisionando comboios. Quando voltou aos Estados Unidos, trabalhou em um departamento de polícia, onde fez alguns trabalhos disfarçado como drogado em busca de drogas.
Apesar de trabalhar na polícia, seu sonho era lecionar no ensino superior. Em 1981 mudou-se para Houston para ingressar no programa de doutorado em psicologia da Universidade de Houston. Não foi aceito, mas acabou conseguindo emprego como investigador do Ministério Público. Ele trabalhou para vários promotores, reunindo evidências físicas e encontrando testemunhas para os próximos julgamentos.
Em 1989, uma técnica de laboratório de 37 anos tentou contratar um assassino para matar seu marido. A busca por ela foi denunciada à polícia e os chefes de Johnson disseram: “Gary, você é o nosso assassino”. A partir desse caso, sempre que a polícia soube por um informante que alguém queria contratar um assassino, ela enviou Johnson, cujo objetivo era fazer com que a pessoa declarasse explicitamente sua intenção de assassinar alguém e depois pagá-lo pelo trabalho.
Um dos casos citados na matéria é o de uma mulher que tinha um namorado abusivo e queria encontrar alguém para matá-lo. Johnson descobriu que ela havia sido vítima de abuso e estava com muito medo de deixá-lo. Em vez de armar para ela, ele a encaminhou para agências de serviço social para ajudá-la a sair da situação abusiva e para um abrigo para mulheres.
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