Enquanto todos aguardam detalhes sobre a resposta do Hamas a uma proposta de acordo de cessar-fogo que está em negociação, uma autoridade israelense disse à Reuters que o grupo armado “rejeitou os termos do acordo”.
Segundo a mesma fonte, que não se identificou, o Hamas “alterou todos os parâmetros principais e mais significativos” do plano.
O Egipto e o Qatar afirmaram ter recebido a resposta do Hamas a uma proposta apresentada pelo presidente americano Joe Biden em 31 de maio, mas não revelaram o conteúdo.
Paralelamente, um membro do Hamas, que também não quis ser identificado, disse à Reuters que a resposta reafirmou a posição do grupo de que um cessar-fogo deveria levar ao fim permanente das hostilidades em Gaza, à retirada das forças israelenses, à reconstrução do enclave palestino e à libertação de prisioneiros palestinos em Israel.
“Reiteramos a nossa posição anterior. Acredito que não há grandes lacunas. A bola agora está na quadra israelense”, destacou.
A situação está em dúvida
Mais cedo, na terça-feira (11), o Hamas disse que aceitou uma resolução de cessar-fogo aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira (10).
Entre as idas e vindas de diferentes posições do Hamas, não ficou totalmente claro qual foi a real decisão do grupo em relação à proposta de cessar-fogo que está a ser negociada.
Da mesma forma, não se sabe qual é a posição do governo israelense. Apesar de ter participado ativamente nas conversações, o governo israelita insiste em dizer que não concorda com o acordo apresentado pelo presidente norte-americano Joe Biden.
Plano de cessar-fogo
A proposta anunciada por Joe Biden prevê um cessar-fogo e a libertação gradual dos reféns israelitas em Gaza em troca dos palestinianos presos em Israel, conduzindo em última análise ao fim permanente da guerra.
Este seria um plano de três fases, começando com um cessar-fogo de seis semanas com uma retirada militar israelita das áreas povoadas de Gaza e a libertação de alguns reféns, enquanto “um fim permanente das hostilidades” é negociado através de mediadores.
Durante meses, negociadores dos EUA, Egipto e Qatar têm tentado mediar um cessar-fogo no território de 2,3 milhões de pessoas.
Israel tem como alvo o Hamas, que governa Gaza, para um ataque em 7 de outubro. Mais de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns pelo grupo armado nessa data, segundo contagens israelitas.
Acredita-se que mais de 100 reféns permaneçam em cativeiro em Gaza.
Israel lançou um ataque aéreo, terrestre e marítimo ao território palestino, matando mais de 37 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
Com informações da Reuters.
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