Lideranças do Congresso Nacional passaram a exigir com mais intensidade a volta ou instalação da comissão mista para analisar a Medida Provisória 1.227/24, que fala em medidas de compensação à desoneração da folha de pagamento e redução da alíquota previdenciária municipal. Alguns dos partidos já começaram a indicar membros para o colegiado, caso este seja instalado.
Mesmo assim, o Executivo ainda tentará negociar. Conforme determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os líderes do governo e os ministros da Fazenda e da Secretaria de Relações Institucionais devem intensificar a busca por consenso com os setores e o Congresso Nacional.
A medida provisória, editada na semana passada, foi fortemente rejeitada pela maioria dos setores da economia e levantou alarmes na coordenação política com o Congresso.
Ao longo desta segunda-feira (10), o assunto será discutido em pelo menos três reuniões da equipe de articulação política, no Planalto e no Ministério da Fazenda.
Desde domingo, as conversas em torno do tema se intensificaram. Ontem à noite, Lula ligou para Fernando Haddad para falar sobre a MP, em reunião fora do horário no Palácio da Alvorada. O ministro voltou cedo de São Paulo, onde costuma passar os finais de semana, para sua agenda com o presidente.
Esta manhã, Haddad e outros ministros do núcleo de articulação política se reuniram mais uma vez com Lula para discutir o tema. À tarde, o presidente recebeu o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para negociar. Os termos da reunião ainda não foram divulgados.
O Planalto está aberto à negociação, mas pretende insistir na ideia original de agregar o conteúdo da medida provisória a um projeto de autoria do senador Efraim Filho (União-PB) e relatado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner ( PT-BA).
A proposta isenta setores e municípios em 2024, mas retoma gradativamente a arrecadação de impostos sobre a folha de pagamento a partir de 2025.
O caminho natural para uma medida provisória desse tipo seria a instalação de uma comissão mista. A instalação depende, porém, de Rodrigo Pacheco, que ainda não largou o martelo.
Interlocutores do Planalto afirmam que o próprio presidente Lula pode procurar Pacheco para conversar sobre a medida provisória, se necessário.
Até a tarde desta segunda-feira (10), o presidente do Senado ainda não havia desistido de criar ou não a comissão mista. Pacheco encomendou à consultoria do Senado uma análise sobre o impacto da MP e deve debater o assunto com os técnicos durante o dia.
Construir alternativas
Em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira, Haddad chegou a comentar que existe a possibilidade de “construir alternativas” com o Congresso para acalmar os sentimentos dos parlamentares.
O ministro afirmou que a ideia é fazer um processo como o que aconteceu com a MP 1.185, a subvenção do ICMS, aprovada no ano passado. Segundo ele, o tema, na época, gerou “estresse” no Congresso, a comissão especial para analisar o tema não foi formada e a MP estava perto de expirar, e mesmo com um processo longo, o governo conseguiu convencer os parlamentares.
“Poderia ser favorável se trabalharmos intensamente no tema. Tudo depende. Sei que o clima político melhora ou piora e estamos sempre à mercê desse tipo de clima, mas nosso papel é construir uma agenda apartidária corrigindo as contas públicas. […] E não excluo a possibilidade de, em diálogo com o Congresso, por decisão do Supremo, construir alternativas”, disse.
“Se você tiver boa vontade e eu acredito que o Tesouro tem crédito junto ao Congresso porque nunca quebramos um acordo, em todos os momentos negociamos com o Congresso em plena luz do dia sem qualquer tipo de preocupação”, frisou.
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