Os Barômetros Econômicos Globais Anteriores e Coincidentes cresceram no mês de junho, sinalizando manutenção da tendência de crescimento moderado da economia mundial, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“O Barômetro Global Avançado subiu pela terceira vez consecutiva em junho, mas ainda sem compensar a queda no período fevereiro-março. O Barômetro Coincidente, por sua vez, permanece relativamente estável pelo quarto mês consecutivo”, apontou a FGV.
O Barômetro Econômico Global Coincidente aumentou 0,2 ponto em junho, para 93,8 pontos.
O Barômetro Econômico Global Principal avançou 1,0 ponto, para 103,9 pontos.
“Os Barômetros Globais continuam sinalizando a continuação do ritmo moderado de crescimento global ao final do primeiro semestre de 2024, influenciado pela combinação de avanços no mercado de trabalho, inflação gradualmente sob controle e eliminação do risco de recessão no muitos países.
As expectativas para os próximos três a seis meses também são favoráveis, registando-se o optimismo nas três principais regiões analisadas, especialmente na Europa, tendência que poderá continuar tendo em conta o anúncio, pelo Banco Central Europeu, no início do mês, da primeiro corte nas taxas de juros na região do euro nos últimos cinco anos”, avaliou Aloisio Campelo Junior, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Barómetro Coincidente reflecte o estado actual da actividade económica.
O Barómetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses antes da evolução económica real.
Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
“O ligeiro aumento do Barómetro Coincidente foi determinado pelos avanços na Europa e no Hemisfério Ocidental, enquanto a região da Ásia, Pacífico e África se move na direção oposta.
O aumento no Anterior foi determinado pelos aumentos na região Ásia, Pacífico & África e na Europa”, destacou a nota da FGV.
No Barômetro Global Coincidente, a região Ásia, Pacífico e África teve uma contribuição negativa de 0,8 pontos, enquanto o Hemisfério Ocidental teve um impacto positivo de 0,4 pontos, e a Europa, 0,6 pontos.
“Após o pico em janeiro de 2024, o indicador Ásia, Pacífico e África continua numa trajetória descendente.
Em contrapartida, os indicadores do Hemisfério Ocidental e da Europa, em junho, atingiram neste mês o maior nível dos últimos dois anos, com ambos acumulando aumentos de mais de 15 pontos nos últimos 12 meses”, destacou a FGV.
No Global Leading Barometer, a região da Ásia, Pacífico e África contribuiu positivamente com 0,3 pontos, enquanto a Europa teve um impacto de 1,0 pontos e o Hemisfério Ocidental teve uma contribuição negativa de 0,3 pontos.
“O indicador da Europa atingiu o maior nível desde outubro de 2021 (108,8 pontos) e é a região mais otimista”, acrescentou a FGV.
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