A seleção brasileira fez seu primeiro teste em solo norte-americano neste sábado, ao vencer o México por 3 a 2 no Kyle Field, no Texas, em amistoso preparatório para a Copa América. O triunfo, porém, não deixou passar despercebidas algumas dificuldades da equipe, como a alta pressão e o encurtamento do campo, algo com o qual o Brasil terá que se acostumar.
A comissão técnica da Seleção Brasileira já vinha alertando sobre campos menores nos EUA devido ao fato de as partidas de futebol serem realizadas em estádios que costumam receber jogos de futebol americano, onde as dimensões dos campos são menores.
Por isso, Dorival Júnior tem protagonizado algumas atividades no dia a dia de treinos da seleção brasileira em campo reduzido. Ainda assim, a sua equipa acabou por ter algumas dificuldades frente ao México.
“Em relação ao nosso lançamento de bola, é natural que utilizemos o goleiro mais do que o necessário. Isso acontece devido ao bom posicionamento da equipe adversária, os campos reduzidos deixam as marcações mais próximas. Talvez tenhamos tido uma dificuldade maior. O México também se viu pressionado em muitos momentos porque o campo estava encurtado. Mesmo assim, o primeiro gol foi uma jogada criada, trabalhada. No segundo gol também, com troca de passes, igual ao primeiro gol do México, com ataque profundo”, comentou Dorival Júnior.
A marcação pressionada também preocupou Dorival Júnior após a vitória sobre o México. A Seleção teve dificuldade para recuperar a bola no campo de ataque, dando espaço para o adversário jogar pela defesa em algumas ocasiões, o que não aconteceu do outro lado, pois diversas vezes Alisson e os zagueiros foram obrigados a dar chutes no adversário . afastar o perigo.
“Acredito que tanto o México quanto o Brasil tiveram momentos muito positivos e momentos negativos em uma partida que foi muito difícil. Uma equipa que ainda não tinha jogado e que nos proporcionou um jogo controlado, até ao primeiro golo do México. Tivemos mais coisas boas do que ruins ao longo dos 90 minutos. É óbvio que erros acontecem, as dificuldades foram grandes, mas podem ser corrigidas. O importante é que jogou com personalidade, sempre procurando o gol do adversário. Tivemos dificuldades na nossa marcação de pressão. Natural. Falta muito pouco tempo para exigir maior precisão no comportamento”, acrescentou o técnico do Brasil.
Entre erros e acertos, a Seleção venceu. As correcções a identificar no jogo ocorrerão nos próximos treinos, mas é inegável que melhorar alguns comportamentos resultantes de resultados positivos é muito melhor.
O Brasil volta a campo na próxima quarta-feira, contra os EUA, no Camping World Stadium, em Orlando, na Flórida. Será o último amistoso da seleção antes da estreia na Copa América, que acontece no dia 24 de junho, contra a Costa Rica, em Los Angeles.