O Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), fez, nesta sexta-feira (7), em Pequim, um comparativo entre o momento de desenvolvimento e parceria estratégica vivido por Brasil e China.
“Há 65 anos, o sociólogo Gilberto Freire previu, prevendo o desenvolvimento e a importância que os dois países teriam: ‘O Brasil é a China dos trópicos’”, lembrou Alckmin.
Sobre o Brasil se tornar um aliado geoestratégico e geopolítico da China, Alckmin destacou que o país é o principal parceiro comercial e os Estados Unidos o maior parceiro de investimento local.
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“Acredito que a parceria com a China vai crescer e defendemos o multilateralismo. A China também. O Brasil é um grande player na segurança alimentar, um dos maiores exportadores do mundo, tem eficiência energética, a maior floresta tropical do planeta e compromisso com o desmatamento zero”, disse Alckmin.
“O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] são R$ 10 bilhões do Fundo Clima, e temos 28 milhões de pessoas na região amazônica, que precisam gerar renda. Como fazer a floresta gerar renda, em remédios, remédios, cosméticos, frutas? Tem diversas possibilidades, daí a importância do Centro de Biotecnologia da Amazônia”, afirmou.
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Mobilidade verde e etanol de 2ª geração
Ao final de entrevista coletiva na capital chinesa, Alckmin afirmou que não há retrocesso nessa relação, que só tende a crescer, principalmente na área de descarbonização.
O vice-presidente ressaltou a importância do Projeto Mover Verde, aprovado esta semana pelo Senado, que irá à votação na Câmara dos Deputados, possivelmente na próxima semana. O investimento da Mover na cadeia da indústria automobilística será de R$ 130 bilhões nos próximos anos.
“O que o Mover faz? Fornece estímulo de crédito fiscal de R$ 3,5 bilhões até 2028 para incentivar a inovação. Queremos uma indústria inovadora, descarbonizada e temos várias rotas tecnológicas, não apenas uma. O Brasil é privilegiado, porque vai ter um carro puramente elétrico, vai ter plug-in [que tem dois motores e pode ser movido tanto a energia elétrica quanto a combustível]híbrido e elétrico e flex”, disse.
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Na entrevista, Alckmin também mencionou o etanol de segunda geração. A primeira geração vem da cana-de-açúcar, que se transforma em álcool através da sacarose. O etanol de segunda geração é o resultado da palha, das folhas e do bagaço da cana transformados em celulose e depois em combustível.
“Com a menor pegada de carbono, temos biogás e hidrogénio verde. E o mundo mudará do querosene de aviação para o óleo vegetal. Portanto, o Mover dará suporte a todas essas rotas tecnológicas. Estamos na vanguarda”, destacou.
(Com Agência Brasil)
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