O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (7) em entrevista coletiva que a resistência da indústria à medida provisória (MP) que visa compensar a desoneração da folha de pagamento é resultado do “calor do momento”.
“Isso vai se dissipar na medida em que as pessoas entendam o objetivo de reduzir o gasto tributário que em três anos passou de R$ 5 bilhões para R$ 22 bilhões, não adianta esse gasto com crédito presumido, com imposto que não é pago e depois devolvido” , apontou o ministro.
A medida, apresentada ao Congresso nesta terça-feira (4), recebeu forte reação negativa de setores da economia e de parlamentares, que chegaram a classificar o texto como ilegal.
Haddad indicou que a Receita Federal irá monitorar esses subsídios para evitar que o déficit nas contas públicas aumente.
“Vamos colocar em funcionamento na próxima semana um sistema informático em que todas as empresas poderão – e terão de – informar a Receita sobre as deduções que estão a ser feitas para que possam saber porque é que os gastos estão a aumentar tanto”, disse o chefe da equipe econômica do governo.
“Precisamos controlar as despesas por um lado e recuperar as receitas que foram perdidas ao longo deste tempo.”
Esta semana, o Tesouro apresentou a proposta que visa colmatar brechas na legislação sobre crédito presumido de PIS/Cofins não reembolsável e compensação limitada de PIS/Cofins. A proposta, segundo o ministério, daria margem de R$ 29,2 bilhões aos cofres públicos para compensar as isenções.
A MP propõe ainda a extensão da proibição de reembolso em dinheiro aos créditos presumidos de PIS/Cofins, visando evitar o que tem sido caracterizado como “tributação negativa” ou “subvenções financeiras” para setores específicos.
Parlamentares e setores criticam a medida
A medida apresentada pelo governo gerou fortes críticas de parlamentares e de diversos setores da economia.
Segundo as manifestações, a proposta enviada ao Congresso Nacional aumenta a tributação dos setores e impacta diretamente as pequenas e médias empresas e prejudica a economia do país. Há também a intenção de tomar medidas judiciais contra a medida.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o impacto negativo no setor será de R$ 29,2 bilhões nos sete meses de vigência da MP em 2024. Para 2025, o impacto deve chegar a R$ 60,8 bilhões. Por outro lado, defendem a manutenção da desoneração da folha de pagamento, que impactou positivamente a indústria de R$ 9,3 bilhões neste ano.
Compartilhar:
Fonte
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com