Filiado ao MDB desde abril deste ano, o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo (SP) decidiu permanecer no comando da Secretaria Municipal de Relações Internacionais da capital paulista e não será candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Ricardo Nunes (MDB)que buscará a reeleição em outubro.
De acordo com a legislação eleitoral, os secretários municipais que quiserem concorrer ao cargo de prefeito ou vice-prefeito deverão deixar os cargos, no máximo, até 4 meses antes da eleição. Esse prazo expirou às 23h59 desta quarta-feira (5).
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A primeira volta das eleições autárquicas está marcada para 6 de outubro. A segunda acontecerá no dia 27 de outubro. Aldo e Nunes “bateram o martelo” em reunião que aconteceu nesta quarta-feira, último dia do prazo para incompatibilização.
“Falei com o Aldo e ele achou melhor não aceitar meu pedido para poder sair e ficar em forma. Ele entende que vai ajudar muito mais na campanha”, disse o prefeito, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O nome de Aldo Rebelo estava a ser defendido por sectores dos partidos que deveriam compor a coligação de Ricardo Nunes. Um dos entusiastas da ideia foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)aliado do prefeito.
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Com Aldo fora da briga, disputa pela indicação para vice-presidente de Nunes se estreita entre o coronel reformado da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello de Araújo (PL) – nome preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – e os vereadores Rute Costa Isso é Sonaira Fernandesambos também do PL.
Os nomes do deputado estadual também são especulados, mas com menos força. Tomé Abduch (Republicanos) e o delegado Raquel Gallinatisubstituto de deputado estadual pelo PL.
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Em entrevista com InfoMoneyem abril (leia aqui), Aldo Rebelo já afirmou que não pretendia ser candidato a vice-prefeito de São Paulo este ano.
“Recebo com gratidão a lembrança do meu nome, mas não pretendo ser candidato a vice-presidente. Acho até que não há candidatura a vice-presidente. A vice-vaga é uma solução para o candidato a prefeito ou para os partidos que integram a coligação de apoio ao prefeito”, disse o secretário, na época. “Neste caso, não cabe a mim dar a minha opinião sobre a melhor solução que será encontrada pelos membros da coligação.”
Trajetória
Após servir 40 anos no PCdoB (de 1977 a 2017), Rebelo trabalhou em outros três partidos, todos de esquerda: PSB (2017-2018), Solidariedade (2018-2019) e PDT (2022-2024), pelos quais foi candidato ao Senado (recebeu pouco mais de 1% dos votos). Em fevereiro deste ano, ele se despediu do partido ao aceitar o convite de Nunes para assumir a Secretaria Municipal de Relações Internacionais – sucedendo Marta Suplicy, que retornou ao PT.
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Entre 1980 e 1985, Rebelo passou pelo MDB, período em que o PCdoB foi ilegalizado pela ditadura militar. Além do MDB, o secretário foi procurado por outros partidos que deveriam apoiar Nunes, como o Republicanos e o União Brasil, mas optou pelo mesmo partido do prefeito.
Aldo Rebelo fez parte do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como Ministro das Relações Institucionais (2004-2005); e os dois governos de Dilma Rousseff (PT), ocupando os ministérios do Esporte (2011-2015), da Ciência e Tecnologia (2015) e da Defesa (2015-2016).
Deputado federal por seis mandatos consecutivos, entre 1991 e 2015, foi também presidente da Câmara dos Deputados, de 2005 a 2007.
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