O Ministério Público de São Paulo (MPSP) autuou, nesta quarta-feira (5), onze pessoas, entre elas Fernando Parrillo e Eduardo Parrillo, gestores da Prevent Senior, por homicídio e negligência em tratamentos experimentais sem comprovação científica, durante a pandemia de Covid-19 .
A Prevent Senior é uma operadora de saúde que se envolveu em diversas polêmicas ao longo da pandemia, principalmente no que diz respeito ao uso de medicamentos como a hidroxicloroquina e outros, cujo uso tem sido amplamente debatido e criticado pela comunidade científica.
A denúncia apresentada pela força-tarefa do MPSP é resultado de mais de dois anos de investigação, que levou em conta casos de pelo menos sete pacientes que deram entrada em unidades de planos de saúde da rede e faleceram por erros de conduta e procedimentos. A Prevent Senior não informou que foi citada em relação à denúncia. (Abaixo, a nota completa)
Segundo o MPSP, “o objetivo dos relatados foi a adoção em massa do protocolo pelos servidores da empresa, a fim de demonstrar à comunidade científica que ele poderia ser eficaz no combate à COVID-19, o que se revelou um erro grave” , de acordo com o documento.
A força-tarefa também identificou que a Prevent Senior distribuiu um coquetel de medicamentos, denominado “Kit COVID” diretamente nas residências dos usuários de planos de saúde, de forma indiscriminada e independente de qualquer solicitação dos usuários.
Os “kits”, que mais tarde se revelaram ineficazes, também teriam sido distribuídos com a promessa de funcionar preventivamente.
“Pentágono”
O relatório do Ministério Público apontou que a Prevent Senior criou um conselho, denominado “Pentágono”, que tomava as principais decisões da empresa.
Segundo o documento, durante a pandemia, o “Pentágono” se fortaleceu, promovendo o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina.
Além da prescrição inadequada, o “Pentágono” também foi acusado de perseguir profissionais que se recusassem a prescrever os medicamentos do “Kit Covid”, aplicando sanções como “perda de turno remunerado, rebaixamento ou demissão”, segundo o documento.
Os médicos que teriam sido coagidos não foram denunciados pelo MPSP, pois o órgão concluiu que os profissionais não tinham autonomia médica para prevenir tratamentos ineficazes e de risco aos pacientes.
Outro lado
A CNN Ele entrou em contato com os responsáveis pela Prevent Senior, que enviaram a seguinte nota: “A Prevent Senior não foi citada em relação à denúncia do Ministério Público de São Paulo. A empresa sempre respeitou e colaborou com o Ministério Público, mas reitera que seus médicos, funcionários e parceiros sempre atuaram para melhor atender pacientes e beneficiários e nunca cometeram crimes, o que será comprovado na esfera judicial no exercício do contraditório. ”
(colaboração de Rafael Villarroel)
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