Durante muito tempo em 2024 — e ao longo de 2023 — o mercado vinha reagindo “positivamente” às publicações de dados macroeconómicos “mais fracos” do que o esperado nos Estados Unidos, com a interpretação de que isso permitiria à Reserva Federal entrar mais rapidamente em seus cortes de juros.
Ou seja, as “más notícias” relativas à atividade económica foram consideradas “positivas” para os investidores da Bolsa. Mas isso aparentemente está mudando.
Nas últimas duas semanas, contudo, dados mais fracos do que o esperado, sinalizando um abrandamento da economia norte-americana, têm feito cair os mercados bolsistas ou, pelo menos, não tão entusiasmantes como antes.
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“Vimos o mercado há muito tempo negociando nesta narrativa de que dados mais fracos significam uma desaceleração da economia, o que abriria espaço para o Federal Reserve [o banco central americano] iniciar o ciclo de corte mais cedo”, explica Jennie Li, estrategista de ações da XP.
Um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve geralmente faz com que o capital flua para os mercados de ações. Com o Tesouro e a renda fixa pagando menos, é normal que os investidores retirem dinheiro desses títulos e coloquem em ações.
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Mas, além disso, a visão de mais cortes de juros também é animadora pela perspectiva de que as empresas lucrarão mais no futuro, com as pessoas tendo maior acesso ao crédito, e também com menores despesas financeiras, com a dívida ficando mais barata.
O mercado, de olho nesses movimentos, busca se antecipar. Mas agora existe a possibilidade de uma desaceleração da economia no curto prazo, atenuando as expectativas.
“Por enquanto, este não é o cenário em que estamos trabalhando, mas está ganhando força a visão de que poderemos ver uma desaceleração econômica talvez um pouco mais forte”, diz Li.
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Com a desaceleração da economia, os investidores também começam a evitar um pouco mais os ativos de risco, de olho nos prazos mais curtos. A perspectiva de que as empresas possam ver os lucros diminuir no curto prazo está a ganhar alguma força.
Más notícias são más notícias
“Durante muito tempo, o mercado viu que ‘más notícias são boas notícias‘, onde os maus dados económicos foram bem recebidos pelo mercado, porque tiveram o efeito de baixar as taxas de juro. Estamos voltando a um cenário onde más notícias na economia são más notícias para os mercados”, diz Fernando Ferreira, estrategista-chefe de ações da XP.
Como exemplo desses casos, ele cita o lançamento do JOLTS nesta semana. Apesar de terem ficado consideravelmente abaixo do consenso, as bolsas americanas fecharam o dia da sua publicação, terça-feira, com pequenas subidas. No segundo, o ISM industrial abaixo do consenso também não foi animador.
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“A consequência destes dados mais fracos é óbvia. As taxas de juro dos títulos do Tesouro estão a cair e o mercado está mais uma vez a aumentar as apostas de que a Fed poderá reduzir as taxas de juro mais cedo. Mas o que mais tem chamado a atenção é que as Bolsas de Valores têm reagido negativamente a esses dados mais fracos, e não positivamente, refletindo as taxas de juros mais baixas”, explicou Ferreira.
Para Fernando, o termo “aterrissagem forçada“, com o Fed proporcionando alguma recessão para conter a inflação, ela apareceu novamente.
“Ainda está longe de ser um cenário base, mas o mercado volta a se preocupar um pouco com uma desaceleração, caso ela seja um pouco mais forte que o esperado. Por isso esses dados começaram a pesar na balança”, debate.
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