O presidente do Palmeiras, Leila Pereira, prestou depoimento à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, na tarde desta quarta-feira. O mandatário do Palmeiras compareceu ao Senado, em Brasília, e exigiu novamente de John Textor provas sobre supostas manipulações envolvendo o Verdão que o dono da SAF do Botafogo afirma ter.
“Fui eleito presidente do Palmeiras para defender a Sociedade Esportiva Palmeiras. Em nenhum momento posso deixar que alguém desclassifique dois títulos conquistados pelo Palmeiras. disputado, conheço o trabalho que todos nós temos dentro do Palmeiras. Os atletas, a comissão, os profissionais, o meu trabalho não posso abrir mão de um estrangeiro que vem aqui para o Brasil e porque perdeu um título por incapacidade e capacidade do Palmeiras. , desclassifica esse título tão importante para o Palmeiras”, disse o presidente do Palmeiras.
“Minhas observações são em relação às atitudes de John Textor, não em relação ao Botafogo e à torcida. isso, ok, mas se não o fizer, é ele quem precisa ser punido. Vamos entrar com um processo civil pedindo a produção antecipada de provas, vamos entrar com uma ação pedindo indenização na esfera esportiva. para ele provar isso objetivamente, não vi nenhuma prova, não sei, não tenho dúvidas de que ele teria que ser banido de forma dura e eficaz para que quando você pensasse em fazer alguma coisa, você se lembrasse de quem foi. punido. É uma forma de educar”, continuou.
Há alguns meses, John Textor disse que o Palmeiras era um dos times que vinha se beneficiando da manipulação de jogo há pelo menos duas temporadas. Especificamente, o treinador citou dois jogos em que o clube levou vantagem: a vitória por 4 a 0 sobre o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro de 2022, e o 5 a 0 contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
“Sou a favor do banimento. Sem punição você não chega a lugar nenhum. Costumo dizer que a impunidade é a semente do próximo crime. Não adianta avisar, por carta. Se você participa desses esquemas que prejudicam o credibilidade do resultado, trabalho sério de outros clubes, ele tem que ser banido do futebol não tenho dúvidas disso”, continuou.
Para Leila Pereira, a norte-americana só iniciou essas acusações depois que o Botafogo perdeu o Campeonato Brasileiro de 2023. Neste campeonato, o time carioca foi derrotado pelo Verdão por 4 a 3, em um dos jogos que marcou a caminhada do Palmeiras pela conquista da taça. O Glorioso liderou o torneio com 14 pontos de diferença para o Alviverde.
“O início desse conflito foi a nossa recuperação de 4 para 3. O estranho não é isso, mas começou aí. Se houver alguma suspeita, irei reportar ao presidente da CBF. A CBF tem uma empresa que trabalha nessa busca para que qualquer comportamento suspeito possa ser detectado. à entidade não tenho dúvidas de que denunciaria”, disse Leila.
Antes de depor a presidente Leila Pereira, a CPI recebeu primeiro John Textor, que alegou ter provas. Na ocasião, o empresário apresentou um relatório aos senadores em reunião secreta. O documento em questão, produzido pela empresa Good Game, possui 180 páginas. Na avaliação dos senadores, havia indícios de abertura de investigação.
“É uma opinião parcial, que credibilidade tem esse documento? Como ele coloca em questão os dois títulos do Palmeiras. Não vejo outros clubes fazendo qualquer movimento para que a CBF tenha uma postura mais firme contra o Textor. O Palmeiras está assumindo e nós Não vamos desistir”, disse Leila Pereira.
“Meu clube foi mencionado por John Textor como um clube que se beneficiou da manipulação de resultados. Não tenho conhecimento. Ele não prova o que diz. Quem alega tem que provar. Se não pode, não deveria ter falado ao Devíamos ter ido à CBF. Tomamos medidas nas esferas penal, cível e esportiva. Não desistiremos até que esse cidadão seja devida e exemplarmente condenado, vencido com muito trabalho, de forma transparente pelo Palmeiras. .Eu gostaria de saber se o Botafogo foi campeão, se ele estaria denunciando a manipulação. Claro que não, nas mãos dele, sob sua responsabilidade, esse episódio será lembrado para o resto da vida”, declarou.
Leila defende uso do VAR
Durante a sessão, Leila Pereira foi questionada sobre a utilização de árbitros de vídeo no futebol brasileiro. A presidente do Palmeiras disse ser a favor do uso da tecnologia.
“Confio (no VAR). O Palmeiras teve sérios problemas com o VAR. Podemos lembrar que em 2022, na Copa do Brasil, não foi traçada a linha de impedimento e isso prejudicou objetivamente o Palmeiras. Foi uma forma muito grave. Acredito no VAR, mas acredito que há erros e as pessoas precisam ser mais treinadas. Acredito que a CBF e o diretor de arbitragem estão trabalhando muito para melhorar ainda mais a nossa arbitragem”, disse.
A situação citada por Leila Pereira ocorreu em clássico contra o São Paulo, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O Palmeiras venceu a partida por 2 a 1 e caiu nos pênaltis. O Verdão reclamou de impedimento não marcado em lance que resultou no pênalti convertido pelo Tricolor.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras desde dezembro de 2021, falou sobre o processo educativo que tem no clube para evitar que atletas e funcionários se envolvam com apostas. O presidente ainda citou uma cláusula no contrato dos jogadores em que eles são proibidos de participar de apostas.
“Realizamos um processo de formação de atletas no Palmeiras. Conscientizamos os meninos, principalmente os de base, da responsabilidade que têm com a profissão. Acho que todos os clubes, CBF, Conmebol e FIFA deveriam fazer mais para conscientizar entre os atletas. É um trabalho educativo, colocando na cabeça dos atletas que agir de forma incorreta pode prejudicar permanentemente o seu futuro”, finalizou.
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