Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quarta-feira (5), o delegado Marcos Buss, chefe do 25º DP do Rio de Janeiro (Engenho Novo) afirmou que a cigana Suyany Breschak é considerada, até agora, como “a idealizadora e arquiteto” da morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, 44 anos. A motivação do crime seria econômica.
Ormond foi encontrado morto no dia 20 de maio no apartamento onde morava, na zona norte do Rio. Ele havia morrido cerca de três dias antes após comer um brigadeiro envenenado que lhe foi oferecido pela namorada, a psicóloga Julia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos. Julia se entregou à polícia na noite desta terça-feira (4), mas permaneceu em silêncio. Foi hoje transferida para a Casa de Custódia de Benfica.
“Neste momento, podemos afirmar com grande segurança que há muitos elementos nos autos que indicam que Suyany foi a idealizadora e arquiteta deste plano criminoso”, afirmou Buss.
Suyany, que se apresentou na internet como Cigana Esmeralda, realizou trabalhos espirituais, como o “amarração” – procedimento pelo qual cobrou R$ 1 mil, segundo informações em uma rede social.
Em depoimento, Suyany afirmou que Julia devia cerca de R$ 600 mil pelos serviços prestados a ela. Por conta disso, Júlia fazia pagamentos mensais à cigana. “Registramos o depoimento da Suyany no qual pergunto sobre seu patrimônio, qual seria sua fonte de renda. Ela respondeu peremptoriamente: ‘Julia’”, disse Buss. Júlia e Suyany se conheciam há aproximadamente dez anos, segundo depoimentos.
“Suyany teve uma influência enorme em Julia. E foi nesse cenário que Suyany teria orientado Júlia a administrar o medicamento [que matou Ormond]. E a própria Suyany também teria buscado informações sobre a aquisição de tal medicamento.”
Segundo o delegado, depoimentos de testemunhas indicam que Júlia “se sentiu ameaçada” pela cigana. “Ela entendeu que algo poderia acontecer com ela, morte, doença e tudo mais. E quando perguntei se esta morte ou se este grave mal seria cometido devido a uma ação física, no plano em que estamos, pareceu-me que esta crença transcendeu este plano para repousar numa crença sobre os possíveis poderes mágicos de Suyany”, ele adicionou.
“O padrasto da Júlia sofreu até um acidente doméstico, um acidente relativamente grave, em que sofreu um ferimento na cabeça. E Julia também atribuiu imediatamente esse fato a um feitiço”, completou Buss. “Júlia tinha grande admiração por Suyany, uma verdadeira veneração.”
O delegado destaca que as investigações ainda estão em andamento e que outros elementos serão levados em consideração na determinação das responsabilidades de cada pessoa no crime.
Até agora, porém, ele descartou a possibilidade de outras pessoas diretamente envolvidas no assassinato. “Até o momento descartamos a possibilidade de Leandro, que era companheiro de Suyany, ter realmente participado do próprio assassinato. Sabemos que ele participou do recebimento da mercadoria [que eram da vítima].”
Análise de áudio
O delegado disse ainda que a polícia analisará áudios supostamente enviados por Suyany para Júlia e de Júlia para Jean, que seria outro namorado dela.
Em um desses áudios, Suyany, que teria se identificado como Natália, teria dito a Júlia que precisaria se ausentar por cerca de um mês para atuar como babá, em troca de R$ 11 mil. Foi nesse período que ela teria ido morar com a vítima. “Sabemos que Júlia não trabalhava como babá dos filhos de Suyany, pois nesse período tudo indica que ela já morava com Luiz Marcelo.”
Compartilhar:
Fonte
consignável
noverde app
banrisul consignado whatsapp
consignado rapido login
cnpj inss portabilidade
consignado juros
noverde é seguro
consignado inss simulador