As ações do Itaú voltam a ser as mais recomendadas para investir neste mês, segundo pesquisa realizada pela CNN com instituições financeiras.
Foram consultadas sete casas, que indicaram as melhores ações da bolsa brasileira nas próximas semanas.
Entre os mais recomendados estão:
- Itaú: 5 recomendações
- Positivo: 4
- Copel: 3
- Locais: 3
- Energia Ômega: 3
- Curso: 3
A CNN contou com a colaboração de análises da Empiricus, XP, Genial, EQI, Guide, Ativa e BTG.
Cuidado com as taxas de juros nos EUA
Enquanto as principais bolsas estrangeiras tiveram bom desempenho em maio, recuperando perdas ou registrando recordes — como no caso de Wall Street — o Ibovespa hesitou.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou o mês com queda de 3%, aos 122 mil pontos —o menor desde novembro do ano passado.
Alguns dos temores que cercaram os negócios do mês passado provavelmente continuarão repercutindo no futuro próximo, por isso os analistas da Genial acreditam que continuaremos “conservadores em nossas escolhas, priorizando ações que tenham maior correlação com o dólar, sejam elas defensivas ou cujos ciclos microeconômicos fatores são positivos.”
Em maio, a moeda norte-americana subiu 1,1%, encerrando o mês cotada a R$ 5,25.
Os investidores têm sentido pessimismo em relação ao nível das taxas de juro nos Estados Unidos. Após a reunião de maio do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), as taxas foram mantidas no nível mais alto em 23 anos, de 5,25% para 5,5%.
Os dados indicam que a inflação no país tende a desacelerar mais lentamente, enquanto a economia permanece resiliente. Na avaliação das autoridades do Fed, os indicadores não são favoráveis para um corte neste momento. Durante a última reunião de política monetária foi considerado um potencial novo aumento nas taxas de juro.
O mau humor levou os investidores a apostarem novamente em um corte único de 0,25 ponto percentual neste ano.
Taxas de juros mais altas atuam como um freio à economia local. Mas o que abala a economia dos EUA tende a abalar também a economia e as empresas de outros mercados.
“Esperamos que o Ibovespa continue oscilando até que fique claro que começarão os cortes de juros nos EUA, que dependem, por sua vez, de dados sobre atividade econômica e inflação. Não esperamos que os fatores brasileiros melhorem e sejam gatilhos fortes o suficiente para levar, por si só, os investidores a buscarem risco no mercado de ações”, avaliou a EQI Research.
Cenário doméstico
No cenário doméstico, os holofotes se voltaram para o futuro do Banco Central (BC) e da Petrobras no governo Lula.
O mês de maio começou com a divisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Quatro diretores — todos indicados pelo atual governo — votaram pela manutenção da taxa de redução dos juros em 0,5 ponto, enquanto os outros cinco optaram por pisar no freio, deixando a Selic no patamar de 10,50% — um corte de 0 0,25 ponto.
O cenário de apreensão com um BC mais brando com a inflação após a formação da maioria dos indicados pelo governo Lula foi amenizado após a ata da reunião, publicada uma semana após a reunião, indicar que a divisão do colegiado era técnica, e não político. .
Os quatro conselheiros mais jovens do conselho teriam optado por manter a orientação estabelecida na ata anterior.
A Petrobras esteve em destaque após a demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da estatal. Embora a empresa tenha procurado amenizar a situação, alegando que a saída de Prates foi “a pedido” e “negociada”, o temor de interferência política do governo paira sobre a empresa.
Naquela semana, a estatal perdeu quase R$ 50 bilhões em valor de mercado.
As instituições financeiras consultadas pela CNN Salientaram também que os receios relativamente às receitas e despesas públicas também permanecem no radar dos investidores.
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